v. 36 n. 76 (2021)

O número 76 da Revista da Escola Superior de Guerra celebra a Ciência e a todos que fazem da pesquisa e do resultado obtido por meio dela uma missão.
Os autores do artigo – Inteligência e Relações Internacionais: proposta de abordagem integrada –, de Ivan Fialho e Marta Sianes Oliveira do Nascimento apresentam uma abordagem alternativa das Relações Internacionais, em que a coletividade dos Estados em favor de valores humanos em geral seja prioridade, em detrimento de uma linha de ação mais competitiva e fechada apenas em interesses nacionais.
O segundo artigo Currículos para Segurança e Defesa: a visão da Escola Superior de Guerra, assinado por Maria Verônica Rodrigues da Fonseca e Ricardo Rodrigues Freire faz um apanhado dos cursos regulares aplicados na Escola Superior de Guerra desde seus primórdios, e explicita o objetivo de analisar seus currículos, tendo como base alguns critérios estabelecidos durante o texto.
A Epistemologia da complexidade e as Ciências Militares no Brasil, de Thiago da Rocha Passos Gomes e Ana Luiza Bravo e Paiva, apresenta a epistemologia da complexidade e busca relacioná-la às ciências militares, e conduz com esses estudos a algumas conclusões, entre elas a importância de as Forças Armadas operarem em conjunto.
No texto subsequente – A cooperação técnica militar Brasil-Namíbia e projeção da Base Industrial de Defesa – é tecida uma abordagem a respeito da colaboração técnica militar, tendo como base o caso de Brasil e Namíbia. O grupo de pesquisa, formado por Luís Henrique Vighi Teixeira, Luiz Fernando Coradini, Renata Alves da Costa e Analúcia Danilevicz Pereira, responsáveis pela escritura do artigo, trata dos frutos e da projeção que tal união pode promover à Base Industrial de Defesa brasileira, demonstrando a importância do trabalho em conjunto entre países para seu desenvolvimento.
A Contribuição da aviação do Exército para a Defesa do Espaço Aéreo aborda, por meio dos estudos de Marcus Vinicius e Flavio Jasper, a potencial contribuição que a Aviação do Exército (AvEx) tem a oferecer à defesa do espaço aéreo brasileiro, assim como sua atuação em espaço exterior. O texto conjectura como a operação conjunta entre a Força Aérea Brasileira e a AvEx pode ser benéfica em determinadas situações.
O artigo sexto – Políticas de Defesa e Forças Armadas: a visão canadense durante e após a Guerra Fria – apresenta as principais preocupações das Forças Armadas variando de acordo com o que o governo identifica como ameaça, o que é uma das considerações de Jéssica Barreto e Marcio Rocha, articulistas que tratam das prioridades e ações do governo canadense no contexto da Guerra Fria e após o período maniqueísta.
O artigo sétimo, Estratégias militares na Antiguidade Tardia Inicial (313-350 D.C.): continuidades e rupturas, de Jefferson Ramalho, Claudio Umpierre Carlan e Pedro Paulo Abreu Funari, remonta a uma contextualização geral do exército romano para, em seguida, realizar uma abordagem mais específica do período de 312 a 324, marcado pelas batalhas entre Constantino e seus cunhados.
O último texto deste número 76 – Dragão digital chinês: o exército de libertação popular e a tecnologia 5G – traz reflexões de Eduardo Biavaschi, Maurício Gröhs, Diogo Corrêa e Sandro Moita que exploram a inovadora tecnologia de dados 5G criada na China e suas potenciais implicações no campo militar.
Este é o primeiro exemplar trilíngue da Revista da Escola Superior de Guerra (Português, Inglês e Espanhol) que pretende com tal ação atingir a acadêmicos estrangeiros capazes de contribuir com leituras, ponderações, citações e escrituras de artigos e, assim, com o aprofundamento e ampliação do horizonte de nossa linha editorial.
Maria Célia Barbosa Reis da Silva