Sobre a Revista

A Revista da Escola Superior de Guerra é um periódico quadrimestral, que publica trabalhos originais e inéditos, com foco em Defesa Nacional, Ciência Política e Relações Internacionais.

 

Notícias

Aos professores e articulistas da Revista da Escola Superior de Guerra

15-10-2024

Professor, pesquisador, distribuidor do saber por meio de seus artigos,

Agradecemos sua colaboração em nosso periódico, sabendo, pois, que além das aulas, é função nossa registrar nossos conhecimentos e espargi-los por nossos pares, função social que ultrapassa os limites de uma aula. Nosso papel de agente transformador concede-nos a missão de promover a cidadania e a reflexão crítica da realidade, fazer com que nossos alunos, cúmplices no processo educacional, sejam capazes de se posicionarem no mundo de forma consciente e autônoma. Trocar conhecimentos abrange a ampliação de horizontes e, ao mesmo tempo, a formação de cidadãos que hão de fazer a diferença em suas casas e comunidades.

 Continuem, portanto, a ser espelho que reflete o respeito à diversidade, à ética e à convivência social. No mundo de telas, de redes sociais, marcado pelo descarte de todos e de tudo, o professor pode transmitir a empatia e a solidariedade, preparando os alunos para serem cidadãos mais justos e comprometidos com o bem-estar coletivo.

A Equipe Editorial agradece pelos seus escritos germinados no conhecimento e na sensibilidade, sem perder a cientificidade.

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Edição Atual

v. 39 n. 86 (2024)
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                                                             APRESENTAÇÃO

 

No ano comemorativo dos 75 anos da Escola Superior de Guerra, registramos artigos cujos autores tecem análises, reflexões acerca de desafios, oportunidades do País no cenário geopolítico global, enfatizando Defesa, Segurança Internacional, Relações Internacionais, Política, Economia e outros cortes temáticos próximos e complementares, e revisam também a história da ESG de 1949 até o porvir. Esta publicação não só celebra, com olhar crítico e equilibrado, a história da ESG, mas também projeta sua visão para o futuro, reafirmando o compromisso com o conhecimento, com a parceria entre militares e civis, educação atualizada e isenta, compromissada com a ciência, com o social e com o desenvolvimento de políticas estratégicas em prol do Brasil.

Cada artigo, cada página, cada articulista testemunham o legado deixado pe- los pioneiros da Instituição e fazem uma revisão e atualização dos estudos, aqui gerados, para as novas gerações de pensadores. Esta edição de número 86, a segunda revista do ano, serve como um tributo ao passado, como rememoram as articulistas Jamylle de Almeida Ferreira e Luiza das Neves Gomes, no sexto artigo; e, conforme ratificado pelo segundo artigo, produzido por Sandoval Góes, como esperança de um futuro promissor, ponderando a essência da ESG como um centro de conheci- mento e inovação.

O artigo inaugural intitulado A Escola Superior de Guerra e o desenvolvimento do Brasil, assinado por Sebastião André Alves de Lima Filho, narra a gênese da “casa em que se estuda o destino do Brasil” e disserta sua conexão com as perspectivas de modernização nacional nas áreas científicas, técnicas e industriais pós-Segunda Grande Guerra, marcada por um mundo geopoliticamente bipolar.

No segundo artigo, A grande estratégia brasileira da tríplice tríade: pensando o futuro do país, o autor Guilherme Sandoval Góes propõe um modelo essencialmente nacional para suprir a falta de uma Grande Estratégia que direcione o Brasil ao cumprimento dos objetivos constitucionais, principalmente na esfera social, e a se posicionar entre as cinco maiores potências globais.

No terceiro artigo, Biblioteca General Cordeiro de Farias: Arqueologia do Conhecimento uma abordagem da conservação e preservação do acervo da Escola Superior de Guerra, Antonio Rocha Freire Milhomens e Maria Célia Barbosa Reis da Silva promovem a história e a relevância do espaço de pesquisa e escrevem quase uma carta de amor a esse lugar, símbolo democrático do resguardo dos saberes coletivos e da promoção da formação cultural.

Eduardo Rizzatti Salomão apresenta José Honório Rodrigues na Escola Su- perior de Guerra e o debate sobre a formação da nacionalidade, artigo que ex- põe e discute o vínculo pouco explorado entre o historiador e a instituição entre 1955-1964, assim como suas obras advindas nesse ambiente dialético e produtivo. O historiador José Honório desempenhou importante papel como intelectual e educador durante o tempo que contribuiu para a Escola Superior de Guerra, no- tadamente no desenvolvimento do pensamento estratégico e na formação de pen- sadores e pesquisadores civis e militares.

No quinto artigo, os autores Guilherme Lopes da Cunha, Ana Flávia Granja e Barros, Paulo Eduardo Aguiar Saraiva Câmara e Fábio Albergaria de Queiroz mos- tram que, embora a assinatura brasileira no Tratado da Antártica tenha sido oficiali- zada em 1975, desde os anos 50 o país atua com políticas e atividades científicas relativas à região polar. É realizada uma análise histórica da relação do Brasil com os assuntos árticos, apresentando a ESG como o epicentro nacional do debate em A Escola Superior de Guerra e o pensamento Antártico brasileiro desde a década de 1950.

Em As raízes nacionalistas da professora Therezinha de Castro e seu legado para a Escola Superior de Guerra, Jamylle de Almeida Ferreira e Luiza das Neves Gomes introduzem uma pesquisa genealógica da geógrafa, para então discorrer sobre as origens de sua figura intelectual e engajada, cujos pensamentos e vigor reverberam até hoje. O quanto o empoderamento acadêmico da mulher e estudio- sa Therezinha de Castro conferiu-lhe espaço emblemático no mapa geopolítico do Brasil e além-fronteiras. Seu espólio deixou como herança vasto material para que repensássemos os potenciais geopolíticos do Brasil e, a partir dele, atualizássemos o contorno da Geopolítica e das disciplinas que lhe fornecem arcabouço. Therezinha pertenceu ao quadro permanente da ESG e, hoje denomina o Instituto homônimo que abriga a Editora, o Programa de Pós-Graduação em Segurança Internacional e Defesa (PPGSID) da Escola Superior de Guerra (ESG) e os Grupos de Pesquisa.

No artigo Escola Superior de Guerra: 75 anos contribuindo em segurança, desenvolvimento e defesa, o Professor Jacintho Maia Neto articula sobre a natureza interdisciplinar da instituição e suas adaptações acadêmicas ao longo das décadas para acompanhar o debate científico, examinando a influência e impacto de suas novas diretrizes e regulamentos.

Por fim, no oitavo artigo, Rodrigo Fampa Negreiros Lima e Patrícia de Oliveira Bastos, em Escola Superior de Guerra: mobilização total pelo destino do Brasil, abordam as ideias de Ernst Jünger para desenvolver a importância de uma cultura de contribuição holística para as questões de estudo de guerra, ou seja, além do campo militar, envolver civis e esforços profissionais e intelectuais diversos.

Comemorem os 75 da Escola Superior de Guerra, dedicando sua leitura aos artigos que sobre ela discorrem.

Maria Célia Barbosa Reis da Silva

Publicado: 29-08-2024
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