O TINIR DE SABRES NA ANTESSALA:
DIPLOMACIA E AÇÃO MILITAR NA QUESTÃO DO ACRE
DOI:
https://doi.org/10.47240/revistadaesg.v32i64.940Palavras-chave:
Questão do Acre. Diplomacia. Ação militar., Acre Crisis. Diplomacy. Military action., Guerra del Acre. Diplomacia. Acción militar.Resumo
No final do século XIX, grande parte da borracha comercializada no mundo era produzida nos seringais da Bacia Amazônica. A geração de empregos na região atraiu muitos nordestinos que sofriam com a seca e grande parte destes migrantes destinou-se ao território do Acre, que o governo brasileiro até 1903 reconhecia como boliviano. A ocupação do Acre pelos brasileiros, juntamente com ações diplomáticas equivocadas, gerou tensões entre Bolívia e Brasil. Este problema ficou historicamente conhecido como a Questão do Acre. Considerada neste trabalho como o período desde o Tratado de Ayacucho (1867) até o Tratado de Petrópolis (1903), a Questão do Acre oferece exemplos claros da interdependência entre diplomacia e ação militar, bem como da articulação, inicialmente equivocada, dessas duas ferramentas da política externa. Fundamentado na coleta de dados por meio de pesquisa bibliográfica, valendo-se de fontes secundárias e terciárias, e na análise qualitativa dos dados, este trabalho propõe analisar a interdependência entre diplomacia e ação militar durante este período. Após considerar os diversos casos em que essa relação pôde ser evidenciada, conclui-se que a solução da Questão do Acre, materializada pelo Tratado de Petrópolis, pode ser atribuída à consciência dessa interdependência – tanto pelo Barão do Rio Branco, Ministro das Relações Exteriores, como por Plácido de Castro, chefe militar da Terceira Revolução Acreana. Por fim, coloca-se em perspectiva o distanciamento histórico e corrente entre poder político, diplomacia e pensamento militar, prejudicando o exercício de uma política externa coerente e integrada.
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