GEOPOLÍTICA MONETÁRIA DA GUERRA DO IRAQUE DE GEORGE W. BUSH: O RESGATE DOS PETRODÓLARES
DOI:
https://doi.org/10.47240/revistadaesg.v32i63.482Palavras-chave:
Guerra do Iraque. Governo George W. Bush. Dólar. Euro.Resumo
Este artigo objetiva analisar as motivações de ordem geopolítica e monetária que fundamentaram a decisão do governo George W. Bush em engendrar guerra contra o Iraque de Saddam Hussein em 2003. Em rigor, as raízes desta iniciativa dizem respeito à decisão tomada por Saddam em meados do ano 2000 de substituir o dólar pelo euro como moeda padrão ou de referência no comércio internacional do petróleo iraquiano. Com isso, ele abriu precedente que, caso fosse seguido pelos governos de outros grandes países exportadores de petróleo, ameaçaria a preponderância do dólar como moeda central da ordem monetária internacional e, consequentemente, todas as importantes e exclusivas vantagens que este fato confere à autoridade soberana que a controla, o governo dos Estados Unidos. Não obstante, sendo esta posição privilegiada do dólar um dos pilares centrais do poder e da hegemonia global americana, e tendo sido os principais estrategistas e colaboradores do presidente os proponentes de estratégias governamentais de perpetuação inconteste daquela hegemonia no século XXI, a invasão do Iraque e a deposição de Saddam Hussein foram definidos como objetivos geopolíticos essenciais daquele governo. Assim, os ataques terroristas do 11 de Setembro de 2001 e a subsequente “Guerra ao Terror” proclamada pelo presidente Bush forneceram o pretexto para a guerra, legitimando politicamente a execução de iniciativas que já haviam sido decididas anteriormente. Neste sentido, a Guerra do Iraque possuiu um objetivo geopolítico fundamental, embora raramente reconhecido, de ter sido uma guerra monetária dos Estados Unidos contra o euro.
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