A A GUERRA SINO-INDIANA DE 1962:
CONTORNOS DE UM CONFLITO INEVITÁVEL
DOI:
https://doi.org/10.47240/revistadaesg.v29i58.186Palavras-chave:
Questão do Tibete. Disputas das Fronteiras. Políticas Internas. Guerra Sino-Indiana.Resumo
As pesquisas recentes revelam que a guerra sino-indiana de 1962 foi uma consequência de muitos jogos das políticas internas tanto na Índia como na China. Pelo lado indiano, a perda do Tibete para a China em 1950; o fracasso e a consequente fuga de Dalai Lama para a Índia; e os conflitos nas fronteiras sinoindianas em 1959 contribuíram para inflamar a opinião pública indiana, que obrigou Nova Delhi a adotar uma política de linha dura em relação a Beijing. Pelo lado da China, recém-libertada do jugo político do imperialismo, o governo comunista seguiu uma linha realista na questão da soberania territorial. Beijing não adotou irridentismo, ao contrário, procurou resolver as disputas territoriais por meio de negociação. Na medida em que Nova Delhi recusou categoricamente qualquer possibilidade de negociação e ainda mandou suas tropas expulsarem o exêrcito chinês, Beijing percebeu que a Guerra entre os dois países era inevitável, a fim de defender interesses estratégicos de seu país. Portanto, sob a égide de Mao, Beijing resolveu lançar um contra-ataque para ensinar os indianos uma dura lição e estabelecer de uma vez por todas uma paz (ou melhor, uma trégua) que duraria no mínimo trinta anos, segundo Mao. A vitória esmagadora da China sobre a Índia abriu caminho para Mao reassumir o comando e implantar suas políticas radicais, o que conduziu o país a uma catastrófica Revolução Cultural (1966-1969) e jogou toda a nação num estado de guerra civil.
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