COOPERAÇÃO OU CONFLITO? PROSPECÇÕES SOBRE A GEOPOLÍTICA BRASILEIRA E A ESTRATÉGIA CHINESA PARA O ATLÂNTICO SUL

Autores

  • Sérgio Ricardo Reis Matos
  • Marcelo Bastos de Souza

DOI:

https://doi.org/10.47240/revistadaesg.v30i60.164

Palavras-chave:

Geopolítica. Atlântico Sul. Cultura estratégica. Estratégia chinesa.

Resumo

O trabalho discute as relações entre a geopolítica brasileira, acerca do Atlântico Sul, e a estratégia de inserção internacional chinesa. À luz de teorias de cultura estratégica, conclui sobre a prospecção dessas relações. Para tanto, o estudo possui uma seção conceitual, abarcando a cultura estratégica e as teorias geopolíticas aplicadas; e uma seção de discussão, abordando cultura(s) estratégica(s) chinesa(s) e prospecções relacionadas. O estudo segue abordagem qualitativa e foi delineado a partir de investigação bibliográfica e documental. Para reforçar interpretações, contém pesquisa de campo exploratória, operacionalizada por questionário respondido por oficiais-generais e professores universitários de diversas áreas de estudo aplicado. Sobre cultura estratégica chinesa, verifica-se que Pequim prioriza atacar a estratégia do oponente do que seu poderio militar, enfatizando o soft power. Seu ancestral quanbian reflete, numa vertente, a submissão do oponente sem empregar diretamente a força; em outra, em situações extremas, prefere ações diretas ofensivas. Na conclusão, presume-se que, em um recorte temporal de 30 anos, embora as estratégias brasileira e chinesa sejam concorrentes no Atlântico Sul, as soluções de controvérsias terão cunho soft, baseadas em pressupostos de cooperação e negociação, até porque o poder militar sino terá como prioridade solucionar questões no seu entorno. No caso de agravamento da crise, nesse recorte, as soluções serão buscadas nas instâncias dos organismos internacionais.

Downloads

Publicado

14-08-2017

Edição

Seção

Artigos