A ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA E O PENSAMENTO ANTÁRTICO BRASILEIRO DESDE A DÉCADA DE 1950

Autores

  • Guilherme Lopes da Cunha ESG
  • Ana Flávia Granja e Barros UnB
  • Paulo E.A.S. Câmara UnB
  • Fábio Albergaria de Queiroz ESD

DOI:

https://doi.org/10.47240/revistadaesg.v39i86.1370

Palavras-chave:

Antártica, Escola Superior de Guerra, Geopolítica Polar, Programa Antártico Brasileiro

Resumo

O Brasil destaca-se como um dos países com participação efetiva nos assuntos antárticos. Atualmente, mantém políticas públicas bem definidas, junto a intensa atividade diplomática e científica voltada para o “Continente Gelado”, posto que os primeiros estudos sobre a Antártica no Brasil tenham sido realizados na Escola Superior de Guerra (ESG), na década de 1950. Embora esses estudos e as dinâmicas da política internacional tenham demonstrado a importância da Antártica para o Brasil, a adesão ao Tratado da Antártica somente aconteceu em 1975. Nesse contexto, a conformação de um Pensamento Antártico Brasileiro desencadeou uma dinâmica político-administrativa interna ímpar. Contudo, em que circunstâncias as atividades refletidas, inicialmente, no âmbito da Escola, tornaram-se uma política de Estado? Por ocasião dos 75 anos de criação da ESG, convém avaliar as raízes do Pensamento Antártico Brasileiro, considerando a Escola como um pilar nesse processo. A evolução desse Pensamento Antártico Brasileiro foi analisada a partir do tripé de Delmas-Marty, baseando-se em atores, fatores e processos. Como resultado, constatamos que a ESG teve um papel central no início da construção do pensamento brasileiro, o qual hoje estende-se para o Ártico e tem maior participação de outros atores, notadamente da comunidade científica.

 

Biografia do Autor

Guilherme Lopes da Cunha, ESG

Professor e pesquisador da Escola Superior de Guerra (ESG). Membro Associado do Procad-Defesa, Projeto Prospectiva em Segurança e Defesa. Pós-doutorando em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (UnB). Doutor em Economia Política Internacional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Lattes: http://lattes.cnpq.br/4744045184454299 / Orcid: https://orcid. org/0000-0002-8639-747X. Contato: guilherme.lopes@esg.br.

Ana Flávia Granja e Barros, UnB

Professora e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB). Diretora do Brasília Research Centre/Earth System Governance. Pós-Doutora em Direito Internacional pela Aix-Marseille Université. Doutora em Relações Internacionais pela Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne. Bolsista PQ do CNPq. Lattes: http://lattes.cnpq.br/7599253575479186 /Orcid:https://orcid.org/0000-0002-8804-0378 Contato: anaflaviaplatiau@ gmail.com.

Paulo E.A.S. Câmara, UnB

Professor e pesquisador do Instituto de Biologia da Universidade de Brasília (UnB). Pesquisador no âmbito do Programa Antártico Brasileiro. Pós-Doutor pela Universidade de Brasília. Doutor em Ciências Biológicas pela University of Missouri-Saint Louis. Bolsista PQ do CNPq. Lattes: http://lattes.cnpq.br/2742831544064073/Orcid: https://orcid.org/0000-0002-3944-996X Contato: paducamara@gmail. com.

Fábio Albergaria de Queiroz, ESD

Professor e pesquisador da Escola Superior de Defesa (ESD). Pós-Doutor em Relações Internacionais pelo Instituto de Relações Internacionais e em Estudos Latino-Americanos. Doutor em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (UnB). Lattes: http://lattes.cnpq.br/0832403038585319/ Orcid: https://orcid.org/0000-0003-3465-3619 Contato: fabio.queiroz@defesa.gov.br.

Referências

AINLEY, David et al. (org) Antarctic climate change and the environment, Cambridge: The Scientific Committee on Antarctic Research, Scott Polar Research Institute, 2009.

ALLEN, John R. et al. How the world will look after the coronavirus pandemic, Foreign Policy, March 20, 2020. Disponível em: https://foreignpolicy.com/2020/03/20/world- order-after-coroanvirus-pandemic/. Acesso em: 04 jul. 2024.

ALMEIDA, Maurício. Navio Almirante Maximiano transporta pesquisadores na Antártica. Notícia de Agência Brasil, 8 nov. 2019. Disponível em: https:// agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-11/navio-almirante-maximiano- transporta-pesquisadores-na-antartica. Acesso em: 15 fev. 2024.

ARPI, Bruno et al. The Antarctic treaty system in 2021 important anniversaries but challenges for consensus decision-making. Polar Perspectives, v. 9, p.1-8, 2022.

BARREIRA, Victor. Brazil signs contract for Antarctic support ship. Janes, 15 jun. 2022. Disponível em: https://www.janes.com/defence-news/news-detail/brazil- signs-contract-for-antarctic-support-ship. Acesso em: 02 jul. 2024.

BARREIRA, Victor. Brazilian Navy accepts final H135 helicopter. Janes, 22 dez. 2021. Disponível em: https://www.janes.com/defence-news/news-detail/brazilian-navy- accepts-final-h135-helicopter. Acesso em: 02 jul. 2024.

BRASIL. Decreto nº 75.963, de 11 de julho de 1975. Promulga o Tratado da Antártida. 1975. Disponível em: 1975https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ decreto/1970-1979/d75963.htm. Acesso em: 3 jul. 2024.

BOUÇAS, Wladimir F. Antártida: uma reivindicação brasileira, Mensário de Cultura Militar do Estado-Maior do Exército, v. 13, n. 90-91, p.1-13, 1956.

BOYADJIAN, Alain et al. In: BARROS-PLATIAU, Ana Flávia; OLIVEIRA, Carina Costa de (org). Conservation of Living Resources in Areas Beyond National Jurisdiction: BBNJ and Antarctica, Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2020. p.191-212.

BRASIL. Biblioteca do Ministério das Relações Exteriores. Seção de Acervo Histórico. Telegrama, classificado como confidencial pelo Governo Brasileiro. Brasília, 1958a. [De: Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica; Para: Secretário Geral do Ministério das Relações Exteriores nº 09-01-40].

BRASIL. Biblioteca do Ministério das Relações Exteriores. Seção de Acervo Histórico. Ofício n.18-B. Interesses brasileiros na Antártida. 1958b. [Do Gen Ex Chefe do Estado Maior das Forças Armadas ao Min dos Negócios das Relações Exteriores. Data do documento: 16/04/58. Grau de Sigilo: Confidencial. Registro no Arquivo Histórico do MRE: 602.7(02)(04). Assinado por Gen Ex Octávio Saldanha Mazza. Min MRE: José Carlos de Macedo Soares].

BRASIL. Biblioteca do Ministério das Relações Exteriores. Seção de Acervo Histórico. Plano de trabalho da DAM em 1968. Brasília, 1967. [Reg. 352.133. Grau de Sigilo: Confidencial. Data: 19/12/1967. Assina: Expedito de Freitas Resende, Chefe da Divisão da América Meridional].

BRASIL. Biblioteca do Ministério das Relações Exteriores. Seção de Acervo Histórico. Carta do Cônsul Mário da Costa Lobo, Argentina e os problemas das Malvinas e da Antártida, Jurisdição do Consulado Brasileiro em Bahia Blanca. Telegrama. Classificado como confidencial pelo Governo Brasileiro, assinado por José Marcus Vinícius de Souza (13 de dezembro de 1967). Biblioteca do Ministério das Relações Exteriores, Seção de Acervo Histórico, Brasília. Consultado em 10 de agosto de 2020.

BRASIL. Biblioteca do Ministério das Relações Exteriores. Seção de Acervo Histórico. Resptel 1068 urgente. De: DAM-I para Brasemb Montevidéu. Índice: Antártica. Documentação. Teoria da defrontação. Brasília, 1978. [Grau de Sigilo: Secreto. Data: 04/08/1978. Assinado por: Exteriores].

BRASIL. Decreto nº 10.603 de 20 de janeiro de 2021. Apresenta o Comitê Nacional de Pesquisa Antártica. 2021. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/_ato2019-2022/2021/decreto/D10603.htm. Acesso em: 01 jul. 2024.

BRASIL. Decreto nº 1791. Estabelece o Comitê Nacional de Pesquisa Antártica, CONAPA, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ decreto/1996/D1791.htm. Acesso em: 01 jul. 2024.

BRASIL. Material didático da disciplina panorama mundial da política internacional: Organização das Nações Unidas. [S.l.: s.n.], 1956. Curso Superior de Guerra, Estado Maior das Forças Armadas, Presidência da República. Registro: Reservado I-05-56l (1956): Biblioteca do Ministério das Relações Exteriores, Seção Acervo Histórico, Brasília.

BRASIL. O Comitê Nacional de Pesquisas Antárticas avaliará plano de ação científica brasileira na região. Boletim diário MCTI, 2 maio 2022. Disponível em https://repositorio.mctic.gov.br/bitstream/mctic/4272/1/2022_05_02_boletim_ diario_mcti.pdf.Acesso em: 2 jul. 2024.

BRASIL. Presidência da República. Política de Defesa Nacional. 1996. Disponível em: http://www.biblioteca.presidencia.gov.br/publicacoes-oficiais/catalogo/fhc/ politica-de-defesa-nacional-1996.pdf/view. Acesso em: 01 jul. 2024.

BRASIL. Marinha do Brasil. Aeronaves UH-17 do 1o Esquadrão de Helicópteros de emprego geral realizam o primeiro voo na Antártica. 2020. Disponível em: https:// www.marinha.mil.br/noticias/aeronaves-uh-17-do-1o-esquadrao-de-helicopteros- de-emprego-geral-realizam-primeiro-voo-na. Acesso em: 01 jul. 2024.

BRASIL. Política Nacional de Defesa e Estratégia Nacional de Defesa. 2020. Disponível em: https://www.gov.br/defesa/pt-br/assuntos/copy_of_estado-e-defesa/pnd_end_ congressonacional_22_07_2020.pdf/view. Acesso em 01 ago. 2024.

CÂMARA, Paulo Eduardo Aguiar Saraiva et al. Brazil in Antarctica: 40 years of science, Antarctic Science, v.33, p. 30-38, 2020.

CÂMARA, Paulo Eduardo Aguiar Saraiva et al. Potências polares na Antártica e a diplomacia estratégica brasileira. In: ACADEMIC CONGRESS ON NATIONAL DEFENSE, 16., 2019. Anais [...], Escola de Guerra Naval, 2019.

CÂMARA, Paulo Eduardo Aguiar Saraiva; CARVALHO-SILVA, Micheline. 180 years of botanical investigations in Antarctica and the role of Brazil. Acta Botanica Brasilica, v.34, no.2, 2020, pp. 430-436.

CÂMARA, Paulo Eduardo Aguiar Saraiva; GONÇALVES, Joanisval Brito. O Incidente da Baía Esperanza: possibilidades de confrontação militar na Antártica. Revista Marítima Brasileira, v.144, p. 159-164, 2022.

CÂMARA, Paulo Eduardo Aguiar Saraiva; MELO, Renato Batista de. Brasil na Antártica, os próximos 30 anos. Revista da Escola Superior de Guerra, v. 33, n. 68, p. 64-8, 2018.

CARVALHO, Carlos Delgado de; CASTRO, Therezinha de. A questão da Antártica.

Revista do Clube Militar, v.142, p. 502-506, 1956.

CASTRO, Therezinha de. Antártica: o assunto do momento. Boletim Geográfico,

v.16, no. 142, p. 42-49, 1958.

CHOWN, Steven L. et al. Antarctic climate change and the environment: a decadal synopsis and recommendations for action. Cambridge: Scientific Committee on Antarctic Research, 2022.

COBURN, S. Eyeing 2048: Antarctic treaty system’s mining ban. Columbia Journal of Environmental Law, v. 42, p. 1–6, 2017.

COLACRAI, Miryam. El Ártico y la Antártida en las relaciones internacionales. Porto

Alegre: UFRGS Editora, 2004.

COLLOR, Lindolfo. Os antecedentes: Polo Norte. 1956. [Acervo: Biblioteca MRE, BSB. Biblioteca do Ministério das Relações Exteriores, Seção de Acervo Histórico].

CUNHA, Guilherme Lopes da et al. O pensamento antártico brasileiro e as instituições de defesa. Revista da Escola Superior de Guerra, v. 37, n. 81, p. 58-73, 2022.

FERREIRA, Felipe Rodrigues Gomes. O sistema do tratado da Antártica: evolução do regime e seu impacto na política externa brasileira. Dissertação (Mestrado) - Instituto Rio Branco, 2005.

FUNAG, Fundação Alxandre de Gusmão. O sistema do tratado da Antártica: instrumentos normativos / Fundação Alexandre de Gusmão. – Brasília, DF: FUNAG, 2021.

FUNAG, Fundação Alxandre de Gusmão. O sistema do Tratado da Antártica: documentos e estudos / Fundação Alexandre de Gusmão — Brasília: FUNAG, 2022.

LIMA, Vinícius. Um pedaço da Antártica pertence ao Brasil. Revista da Semana, 30 abr.1955.Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/docreader. aspx?bib=025909_05&pasta=ano%20195&pesq=Antártida&pagfis=16314. Acesso em: 1 nov. 2023.

MARCHER, Andressa et al. Water stable isotopes in snow along a traverse of the West Antarctic Ice Sheet: insights into moisture origins, air-masses distillation history, and climatic value. An Acad Bras Cienc, v. 94, Suppl. 1, 2022.

MARINHA DO BRASIL. Assinado o contrato de construção do Navio de Apoio Antártico. Agência Marinha de Notícias, 13 jun. 2022. Disponível em: https:// www.marinha.mil.br/agenciadenoticias/assinado-o-contrato-de-construcao-do- navio-de-apoio-antartico. Acesso em: 1 jul. 2024.

MATTOS, Leonardo Faria; CÂMARA, Paulo Eduardo Aguiar Saraiva. A Ciência Antártica como Ferramenta Geopolítica para o Brasil. Revista Marítima Brasileira, v. 140, p. 15-23, 2020.

MENEZES, Eurípedes Cardoso. Declaração da Antártica: discurso na Câmara dos Deputados. 1971. [Biblioteca do Ministério das Relações Exteriores, Seção de Acervo Histórico].

O GLOBO. Também temos direito à Antártica. 1956. Disponível em: https://acervo. oglobo.globo.com/consulta-ao-acervo/?navegacaoPorData=195019560209.

Acesso em: 02 jul. 2024.

OLIVEIRA, Israel et al. Antártica, meio ambiente e mudanças climáticas: a participação da ciência brasileira no continente gelado. Texto para Discussão, Rio de Janeiro, n. 2967, 2024.

PEDONE, Luiz; HERNÁNDEZ, Gabriele Marina Molina. A reconstrução da estação Antártica Comandante Ferraz. Revista Brasileira de Estudos Estratégicos, v.12, n. 23, p.37-55, 2020.

PIERRO, Bruno de. Estação na Antártica é reaberta: nova infraestrutura, que tem capacidade para 64 pessoas e 17 laboratórios, substitui base incendiada em 2012. Pesquisa Fapesp, 13 jan. 2020. Disponível em: https://

revistapesquisa.fapesp.br/estacao-antartica-e-reinaugurada/. Acesso em: 01

jul. 2024.

POIRIER, Pascal. Possession of the lands in the north of the dominion. In: Debates of the Senate of the Dominion of Canada (1906-7). BROS, Holland (ed.) Discurso no Senado do Canadá. 1906. [10º Parlamento, 3ª Sessão: v. 1., 20/2/1906]. Disponível em: https://parl.canadiana.ca/view/oop.debates_SOC1003_01. Acesso em: 2 jul.2024.

ROSA, Luiz Henrique. O Plano Decenal da Ciência Antártica (2023-2032): percepções como membro do Comitê Nacional de Pesquisa Antártica (CONAPA). Entrevistado por Guilherme Lopes da Cunha, em 30 nov. 2022. [via mensagem eletrônica].

SÁNCHEZ, Ignacio José García. La Antártida 2050: horizontes foscos. Cuadernos de estrategia: Instituto Español de Estudios Estratégicos Madrid, v.198, p. 229-260, 2018.

SECRETARIAT OF ANTARCTIC TREATY. Parties. 2024. Disponível em: https://www. ats.aq/devAS/Parties?lang=e. Acesso em: 15 jul. 24.

SILVA, Paulo Vecchi Ruiz Cardoso da. Brasil, um país polar: a presença brasileira na Antártica e as perspectivas no Ártico. Dissertação (Curso de Altos Estudos em Política e Estratégia) - Escola Superior de Guerra, 2020.

SIMÕES, Jefferson Cardia et al. Antártica e as mudanças globais: um desafio para a humanidade. São Paulo: Editora Blucher, 2011.

SIMÕES, Jefferson Cardia. A Brazilian Perspective on Antarctica and the Southern Ocean. In: Anders Beal. (Org.). The White Continent and South America: Climate Change, Global Policy, and the Future of Scientific Cooperation in Antarctica, Washington, D.C.: Woodrow Wilson International Center for Scholars, 2020, v. 1, p. 110-127.

SMITH, Jason. Melting the Myth of Arctic Exceptionalism. Modern War Institute at West Point, 19 ago. 2022. Disponível em: https://mwi.usma.edu/melting-the- myth-of-arctic-exceptionalism/. Acesso em: 02 jul. 24.

THORP, Arabella. Antarctica: the treaty system and territorial claims. House of Commons: International affairs and Defense Section. 2012. Disponível em: http://researchbriefings. files.parliament.uk/documents/SN05040/SN05040.pdf. Acesso em: 3 jul. 2024.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Centro polar e climático. 2024.

Disponível em: https://www.centropolar.com. Acesso em: 9 jul. 2024.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Criosfera 2 embarca rumo à Antártica. 2022. Disponível em: http://www.ufrgs.br/ufrgs/noticias/criosfera-2- embarca-rumo-a-antartica-1. Acesso em: 3 jul. 2024.

Recebido em: jun. 2024.

Aceito: jul. 2024.

Downloads

Publicado

29-08-2024

Edição

Seção

Artigos