BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA: o Brasil e a América do Sul
DOI:
https://doi.org/10.47240/revistadaesg.v37i81.1293Palavras-chave:
Brasil, política externa, América do Sul;, IdentidadesResumo
Desde a formação do Estado nacional, a diplomacia brasileira criou um conjunto de identidades ambíguas para acomodar positivamente o Brasil entre a América Latina e o Ocidente. Se, por um lado, o império brasileiro buscava se aproximar de monarquias europeias, apresentando-se como estado moderno, por outro, interagia em suas fronteiras do Cone Sul, apoiando militarmente líderes políticos mais próximos ao Brasil. No balanço deste Bicentenário, o presente artigo pretende uma reflexão sobre como o Brasil construiu sua relação com os vizinhos sul-americanos pela instrumentalização das diferenças e ambivalências, caracterizando, portanto, a interação do Brasil com o restante da América do Sul pela ambiguidade, confirmando a resistência daquilo que Feliciano de Sá Guimarães chamou de ambivalência entre as identidades Ocidental e regional. Apesar de o pertencimento ao ocidente – e não mais no lugar de periferia – ainda ser uma aspiração constante desde a Independência, a identificação com a América do Sul ainda mobiliza sentimentos, variedade de interesses, percepções descasadas, identidades/divergências políticas e contatos intersocietais. Tal fato demonstra, passados 200 anos da independência, que a relação do Brasil com os vizinhos permanece sensível a mudanças e refém de ideologias e preferências do universo da política.
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