O BRASIL DECIDE ARMAR-SE
AS NEGOCIAÇÕES DIPLOMÁTICAS COM FRANÇA E ESTADOS UNIDOS EM TORNO DOS JATOS SUPERSÔNICOS (1967-1970)
DOI:
https://doi.org/10.47240/revistadaesg.v35i74.1105Palavras-chave:
mirage, jatos supersônicos, guerra friaResumo
A partir da segunda metade da década de 1960, houve uma corrida armamentista
na América do Sul centrada na aquisição de jatos militares supersônicos. Os países
sul-americanos, em contexto marcado pela Guerra Fria e pela Revolução Cubana,
buscaram alterar a cooperação militar realizada com os Estados Unidos desde o pós-
Segunda Guerra Mundial em prol da aquisição dessa nova tecnologia. No entanto, o
governo Lyndon Johnson recusou-se a prover os caças F5 norte-americanos a partir
de 1963, de modo que foram buscados supridores alternativos para a modernização
tecnológica reivindicada pelos estamentos militares que comandavam a maior parte
dos países sul-americanos. A França, no marco de uma política externa ativista, foi o
parceiro preferencial escolhido para essa negociação, pois o país buscava aumentar
sua influência na América Latina e estava disposto a exportar o jato supersônico
Mirage. O governo militar brasileiro, diante da recusa norte-americana de exportar
os jatos F5, contornou essa forma de cerceamento tecnológico e adquiriu o Mirage
francês, após sofrer pressões dos Estados Unidos. O texto argumenta que as
dimensões regional, da América do Sul, e trilateral, entre Brasil, França e Estados
Unidos, são fundamentais para explicar os condicionantes que estiveram presentes
na aquisição do Mirage pelo Brasil.
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